Evangelização/catequese
Num mundo marcado pelo progresso
tecnológico e portanto voltado para a técnica, os mass média, o mundo virtual,
a informática, a internet, o facebook, o twitter, a imagem, temos a tentação de
dar demasiada importância a tudo o que é espetáculo, muita palavra, muita
imagem, esquecendo que, na evangelização, se não dermos lugar à ação do
Espírito Santo, ação tanto no evangelizador como naquele que evangeliza, toda a
técnica, ciência, arte, imagem, palavra não faz, ou faz surtir pouco fruto,
pouco ou nenhum efeito.
Na exortação apostólica
“Evangelii Nuntiandi” o Papa Paulo VI exortava “a todos aqueles que, graças aos
carismas do Espírito Santo e ao mandato da Igreja, são verdadeiros
evangelizadores, a demonstrarem-se dignos da própria vocação”.
O Espírito Santo age em cada um
dos evangelizadores que se deixa possuir e conduzir por ele.
Dizia ainda o Papa na referida
exortação que “as técnicas da evangelização são boas, obviamente; mas ainda as
mais aperfeiçoadas não poderiam substituir a ação direta do Espírito Santo. A
preparação mais apurada do evangelizador, nada faz sem ele. De igual modo a
dialética mais convincente, sem ele, permanece impotente em relação ao espírito
dos homens. E ainda os mais elaborados esquemas com base sociológica e
psicológica, sem ele, em breve se demonstram desprovidos de valor.”
Assim, as técnicas da
evangelização não podem substituir a ação do Espírito Santo.
O Papa exortava ainda “os
evangelizadores, sejam eles quem forem, a pedir sem cessar ao Espírito Santo fé e fervor, bem como a deixarem-se prudentemente guiar por
ele”.
Falava ainda da importância do testemunho de vida do evangelizador.
Aqueles a quem evangelizamos olharão para a nossa vida e farão certamente estas
perguntas:
“Acreditais verdadeiramente quilo
que anunciais? Viveis aquilo em que acreditais? Pregais vós verdadeiramente
quilo que viveis?”
Padres, Religiosos, leigos
(catequistas, pais e mães de família, filhos ativos da Igreja) devíamos
deixar-nos interpelar por estas perguntas, e refletir.
Não vale a pena muita pregação
pela palavra, se a nossa vida não fala do evangelho do Reino.
Lúcia Ferreira
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