quinta-feira, 25 de maio de 2017




Evangelização/catequese

 

Num mundo marcado pelo progresso tecnológico e portanto voltado para a técnica, os mass média, o mundo virtual, a informática, a internet, o facebook, o twitter, a imagem, temos a tentação de dar demasiada importância a tudo o que é espetáculo, muita palavra, muita imagem, esquecendo que, na evangelização, se não dermos lugar à ação do Espírito Santo, ação tanto no evangelizador como naquele que evangeliza, toda a técnica, ciência, arte, imagem, palavra não faz, ou faz surtir pouco fruto, pouco ou nenhum efeito.

 

Na exortação apostólica “Evangelii Nuntiandi” o Papa Paulo VI exortava “a todos aqueles que, graças aos carismas do Espírito Santo e ao mandato da Igreja, são verdadeiros evangelizadores, a demonstrarem-se dignos da própria vocação”.

 

O Espírito Santo age em cada um dos evangelizadores que se deixa possuir e conduzir por ele.

 

Dizia ainda o Papa na referida exortação que “as técnicas da evangelização são boas, obviamente; mas ainda as mais aperfeiçoadas não poderiam substituir a ação direta do Espírito Santo. A preparação mais apurada do evangelizador, nada faz sem ele. De igual modo a dialética mais convincente, sem ele, permanece impotente em relação ao espírito dos homens. E ainda os mais elaborados esquemas com base sociológica e psicológica, sem ele, em breve se demonstram desprovidos de valor.”

 

Assim, as técnicas da evangelização não podem substituir a ação do Espírito Santo.

 

O Papa exortava ainda “os evangelizadores, sejam eles quem forem, a pedir sem cessar ao Espírito Santo fé e fervor, bem como a deixarem-se prudentemente guiar por ele”.

 

Falava ainda da importância do testemunho de vida do evangelizador. Aqueles a quem evangelizamos olharão para a nossa vida e farão certamente estas perguntas:

“Acreditais verdadeiramente quilo que anunciais? Viveis aquilo em que acreditais? Pregais vós verdadeiramente quilo que viveis?”

 

Padres, Religiosos, leigos (catequistas, pais e mães de família, filhos ativos da Igreja) devíamos deixar-nos interpelar por estas perguntas, e refletir.

 

Não vale a pena muita pregação pela palavra, se a nossa vida não fala do evangelho do Reino.

 

Lúcia Ferreira

Somos chamados à responsabilidade de uns pelos outros. Chamados à comunhão.

 

 

 

O SENHOR disse a Abrão:
1*«Deixa a tua terra, a tua família e a casa do teu pai, e vai para a terra que Eu te indicar.
2*Farei de ti um grande povo, abençoar-te-ei, engrandecerei o teu nome e serás uma fonte de bênçãos.
3Abençoarei aqueles que te abençoarem, e amaldiçoarei aqueles que te amaldiçoarem. E todas as famílias da Terra serão em ti abençoadas.»
4*Abrão partiu, como o SENHOR lhe dissera, levando consigo Lot.


6*Abrão percorreu-a até ao lugar de Siquém, até aos carvalhos de Moré. Os cananeus viviam, então, naquela terra. 7*O SENHOR apareceu a Abrão e disse-lhe: «Darei esta terra à tua descendência.»

 

Só precisamos de nos dispor, de escutar a voz de Deus que chama e confiar; confiando pôr-se a caminho porque Deus está connosco e nos abençoa.

Quando Deus chama dá uma missão. Deus dá a Abrão a missão de construir, de ser pai de um grande povo; nele, Deus abençoará todas as famílias. 

Quando Deus chama, chama para a comunhão, para o serviço, para a responsabilidade, para o compromisso, para a fidelidade, para o amor e cuidado de uns pelos outros. Deus chama e acompanha o chamado, abençoando-o e fazendo dele dom para os outros.

Quem alguma vez se encontrou de verdade, com o amor misericordioso de Deus, só se pode sentir abençoado, e chamado, a levar outros a encontrar-se também, com esse mesmo amor.

Quem alguma vez se encontrou de verdade, com o amor misericordioso de Deus, é chamado a ser testemunha de VIDA, a dar a vida, a ser fecundo.

Lúcia Ferreira