segunda-feira, 19 de junho de 2017

Creio em Jesus Cristo


Quando rezamos o “Credo”, símbolo da nossa Fé, proclamação e anúncio daquilo em que acreditamos, dizemos:

“Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigénito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; Gerado, não criado, consubstancial ao Pai. Por Ele todas as coisas foram feitas. E por nós, homens, e para nossa salvação desceu dos céus. E encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria e Se fez homem.”

 Por isso afirmamos que Jesus “Cristo é um só Senhor, reconhecido em duas naturezas sem confusão nem mudança, sem divisão nem separação” (Concílio de Calcedónia ano 451)



Em Jesus não pode ser separada a sua natureza divina da sua natureza humana. Ele é um só e mesmo Senhor, Deus e Homem, na unidade de uma só Pessoa.

Como é Deus e não se podendo separar a sua natureza humana, da divina, Jesus está connosco sempre em qualquer lugar: na igreja duma forma sacramental e real nas Sagradas espécies de pão e vinho; na Sua Palavra lida, escutada e meditada em nossa casa ou em qualquer outro lugar; quando dois ou três estiverem reunidos em Seu Nome, na igreja ou em qualquer lugar; quando falo com Ele na oração íntima no meu coração, na igreja ou em casa, no meu quarto, no autocarro, enquanto caminho, no meu trabalho ou em qualquer outro lugar. 

A unicidade da pessoa de Jesus Cristo

“Em Jesus Cristo há uma única pessoa, a pessoa divina do Logos (ou Filho) e duas naturezas (a divina e a humana), sustentadas por essa única pessoa divina” (Concílio de Calcedónia-451)
 

É doutrina católica:
  • Jesus Cristo, com o corpo que lhe é próprio, é uma só pessoa, ao mesmo tempo Deus e homem;
  • Jesus Cristo não é apenas portador de Deus, mas verdadeiro Deus;
  • Os predicados humanos (nascimento, sofrimento, morte, etc.) e divinos (criação, omnipotência,          eternidade, etc.) mencionados nas Escrituras não devem ser repartidos por duas pessoas, o homem Cristo e o Logos divino; mas foi o Logos que se fez carne, o único Cristo, que sofreu, foi        crucificado, morto e ressuscitou na carne;
  • A Virgem Maria é Mãe de Deus (Theotókos), gerou da sua carne o Logos divino que Se fez homem. 

    Nos sacrários das nossas igrejas e capelas está presente Jesus:
    “Verdadeiro corpo, sangue, alma e divindade de Jesus Cristo, tão perfeito como está no Céu”, isto é: Homem e Deus verdadeiro.
    Assim, quando O recebo na comunhão, recebo a pessoa de Jesus Cristo, Deus e Homem, o Filho de Deus que é Deus com o Pai e o Espírito Santo, e, se O recebo nas devidas condições, Ele faz-me identificar com Ele e… “já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim.” (Gl2,20)

quinta-feira, 25 de maio de 2017




Evangelização/catequese

 

Num mundo marcado pelo progresso tecnológico e portanto voltado para a técnica, os mass média, o mundo virtual, a informática, a internet, o facebook, o twitter, a imagem, temos a tentação de dar demasiada importância a tudo o que é espetáculo, muita palavra, muita imagem, esquecendo que, na evangelização, se não dermos lugar à ação do Espírito Santo, ação tanto no evangelizador como naquele que evangeliza, toda a técnica, ciência, arte, imagem, palavra não faz, ou faz surtir pouco fruto, pouco ou nenhum efeito.

 

Na exortação apostólica “Evangelii Nuntiandi” o Papa Paulo VI exortava “a todos aqueles que, graças aos carismas do Espírito Santo e ao mandato da Igreja, são verdadeiros evangelizadores, a demonstrarem-se dignos da própria vocação”.

 

O Espírito Santo age em cada um dos evangelizadores que se deixa possuir e conduzir por ele.

 

Dizia ainda o Papa na referida exortação que “as técnicas da evangelização são boas, obviamente; mas ainda as mais aperfeiçoadas não poderiam substituir a ação direta do Espírito Santo. A preparação mais apurada do evangelizador, nada faz sem ele. De igual modo a dialética mais convincente, sem ele, permanece impotente em relação ao espírito dos homens. E ainda os mais elaborados esquemas com base sociológica e psicológica, sem ele, em breve se demonstram desprovidos de valor.”

 

Assim, as técnicas da evangelização não podem substituir a ação do Espírito Santo.

 

O Papa exortava ainda “os evangelizadores, sejam eles quem forem, a pedir sem cessar ao Espírito Santo fé e fervor, bem como a deixarem-se prudentemente guiar por ele”.

 

Falava ainda da importância do testemunho de vida do evangelizador. Aqueles a quem evangelizamos olharão para a nossa vida e farão certamente estas perguntas:

“Acreditais verdadeiramente quilo que anunciais? Viveis aquilo em que acreditais? Pregais vós verdadeiramente quilo que viveis?”

 

Padres, Religiosos, leigos (catequistas, pais e mães de família, filhos ativos da Igreja) devíamos deixar-nos interpelar por estas perguntas, e refletir.

 

Não vale a pena muita pregação pela palavra, se a nossa vida não fala do evangelho do Reino.

 

Lúcia Ferreira

Somos chamados à responsabilidade de uns pelos outros. Chamados à comunhão.

 

 

 

O SENHOR disse a Abrão:
1*«Deixa a tua terra, a tua família e a casa do teu pai, e vai para a terra que Eu te indicar.
2*Farei de ti um grande povo, abençoar-te-ei, engrandecerei o teu nome e serás uma fonte de bênçãos.
3Abençoarei aqueles que te abençoarem, e amaldiçoarei aqueles que te amaldiçoarem. E todas as famílias da Terra serão em ti abençoadas.»
4*Abrão partiu, como o SENHOR lhe dissera, levando consigo Lot.


6*Abrão percorreu-a até ao lugar de Siquém, até aos carvalhos de Moré. Os cananeus viviam, então, naquela terra. 7*O SENHOR apareceu a Abrão e disse-lhe: «Darei esta terra à tua descendência.»

 

Só precisamos de nos dispor, de escutar a voz de Deus que chama e confiar; confiando pôr-se a caminho porque Deus está connosco e nos abençoa.

Quando Deus chama dá uma missão. Deus dá a Abrão a missão de construir, de ser pai de um grande povo; nele, Deus abençoará todas as famílias. 

Quando Deus chama, chama para a comunhão, para o serviço, para a responsabilidade, para o compromisso, para a fidelidade, para o amor e cuidado de uns pelos outros. Deus chama e acompanha o chamado, abençoando-o e fazendo dele dom para os outros.

Quem alguma vez se encontrou de verdade, com o amor misericordioso de Deus, só se pode sentir abençoado, e chamado, a levar outros a encontrar-se também, com esse mesmo amor.

Quem alguma vez se encontrou de verdade, com o amor misericordioso de Deus, é chamado a ser testemunha de VIDA, a dar a vida, a ser fecundo.

Lúcia Ferreira