quarta-feira, 15 de abril de 2020

Somos Pedras vivas na construção da Igreja - Jesus Pedra Angular





Leitura da Primeira Epístola de São Pedro:

Aproximai-vos d’Ele,
que é a pedra viva, rejeitada pelos homens,
mas escolhida e preciosa aos olhos de Deus.
E vós mesmos, como pedras vivas,
entrai na construção deste templo espiritual,
para constituírdes um sacerdócio santo,
destinado a oferecer sacrifícios espirituais,
agradáveis a Deus por Jesus Cristo.
Por isso se diz na Escritura:
Eis que ponho em Sião uma pedra angular, escolhida, preciosa;
quem crer nela não será confundido.


ANGICO E SUAS LENDAS: PEDRA ANGULARGraças a Deus.



S. Pedro diz, que Jesus, ressuscitando, tornou-se pedra angular, e que os cristãos, nós mesmos, somos também pedras vivas. 

Somos pedras vivas de um templo espiritual.

E, o que é um templo?

É a casa de oração, a casa onde nos encontramos com Deus. Chamamos-lhe igreja com um i minúsculo porque é lá que se reúne a Igreja com I maiúsculo, isto é as pedras vivas que somos nós, os cristãos.
Nós somos as pedras vivas da construção do templo espiritual, da Igreja (com I maiúsculo).

Porquê templo espiritual?
Porque somos animados pelo Espírito Santo que recebemos várias vezes, com início no Batismo.
Cada um de nós é uma pedra viva. E todos juntos, unidos a Cristo, formamos a Igreja; Jesus como pedra angular, Pedro e os outros apóstolos como alicerces.
Todos são importantes nesta construção.

Como Jesus depois de ressuscitar ia precisar de alguém que fosse o chefe da Sua Igreja, escolheu Pedro para ser a pedra sobre a qual a Igreja está edificada.
Escutemos o que nos diz S. Mateus:


O Senhor esteja connosco.
Ele está no meio de nós.

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus: 
Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo,
Jesus foi para os lados de Cesareia de Filipe
e perguntou aos seus discípulos: 
Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?

Eles responderam: 
Uns dizem que é João Baptista,
outros que é Elias,
outros que é Jeremias ou algum dos profetas.

Jesus perguntou: 
E vós, quem dizeis que Eu sou?
Simão Pedro tomou a palavra e disse: 
Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo. 
Também Eu te digo: Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja.

Palavra da Salvação. 
Glória a Vós Senhor.

Pedro compreendeu quem Jesus é, acreditou n’Ele, reconheceu Jesus como o Messias, Filho de Deus. Por isso Jesus escolhe-o para ser a pedra sobre a qual Ele constrói a Sua Igreja.
Chamava-se Simão, Jesus mudou-lhe o nome para Cefas, isto é, Pedro. Pedro (pedra), ele é a rocha sobre a qual a Igreja é construída e, com todas as pedras bem unidas, não seja destruída pois o Espírito Santo permanece nela.


Ficha 9: O Povo de Deus – LG (2ª) - Arquidiocese de Campinas ...Também nós que acreditamos em Jesus, que acreditamos que está vivo, que ressuscitou, todos nós que recebemos o Batismo, também nós somos pedras que ajudam nesta construção; somos a Igreja.
Somos pedras vivas quando vivemos unidos a Jesus, quando rezamos, escutamos a Sua Palavra, quando rezamos juntos em comunidade, quando vivemos conforme a vontade de Jesus; unidos.

terça-feira, 31 de março de 2020

De volta

De volta para refletir

Neste tempo de pandemia houve, há tempo, para refletir, pensar, rezar muito. Haverá tempo também para publicar algumas da minhas reflexões, alguns dos meus pensamentos.
Prometo que vou tentar. 

O que nos quererá dizer Deus neste tempo?
O que devemos nós aprender com este sofrimento?
O que precisamos nós de mudar na nossa vida?
Como tem sido, antes deste tempo, a nossa relação com os outros?
Como temos vivido o nosso ser irmãos, filhos do mesmo Pai?
Como vai ser depois desta pandemia?
Mudaremos nós de vida?
Seremos mais fraternos?
Seremos mais Humanos?
Seremos menos violentos?
Viveremos mais unidos a Deus?


Lúcia

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Creio em Jesus Cristo


Quando rezamos o “Credo”, símbolo da nossa Fé, proclamação e anúncio daquilo em que acreditamos, dizemos:

“Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigénito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; Gerado, não criado, consubstancial ao Pai. Por Ele todas as coisas foram feitas. E por nós, homens, e para nossa salvação desceu dos céus. E encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria e Se fez homem.”

 Por isso afirmamos que Jesus “Cristo é um só Senhor, reconhecido em duas naturezas sem confusão nem mudança, sem divisão nem separação” (Concílio de Calcedónia ano 451)



Em Jesus não pode ser separada a sua natureza divina da sua natureza humana. Ele é um só e mesmo Senhor, Deus e Homem, na unidade de uma só Pessoa.

Como é Deus e não se podendo separar a sua natureza humana, da divina, Jesus está connosco sempre em qualquer lugar: na igreja duma forma sacramental e real nas Sagradas espécies de pão e vinho; na Sua Palavra lida, escutada e meditada em nossa casa ou em qualquer outro lugar; quando dois ou três estiverem reunidos em Seu Nome, na igreja ou em qualquer lugar; quando falo com Ele na oração íntima no meu coração, na igreja ou em casa, no meu quarto, no autocarro, enquanto caminho, no meu trabalho ou em qualquer outro lugar. 

A unicidade da pessoa de Jesus Cristo

“Em Jesus Cristo há uma única pessoa, a pessoa divina do Logos (ou Filho) e duas naturezas (a divina e a humana), sustentadas por essa única pessoa divina” (Concílio de Calcedónia-451)
 

É doutrina católica:
  • Jesus Cristo, com o corpo que lhe é próprio, é uma só pessoa, ao mesmo tempo Deus e homem;
  • Jesus Cristo não é apenas portador de Deus, mas verdadeiro Deus;
  • Os predicados humanos (nascimento, sofrimento, morte, etc.) e divinos (criação, omnipotência,          eternidade, etc.) mencionados nas Escrituras não devem ser repartidos por duas pessoas, o homem Cristo e o Logos divino; mas foi o Logos que se fez carne, o único Cristo, que sofreu, foi        crucificado, morto e ressuscitou na carne;
  • A Virgem Maria é Mãe de Deus (Theotókos), gerou da sua carne o Logos divino que Se fez homem. 

    Nos sacrários das nossas igrejas e capelas está presente Jesus:
    “Verdadeiro corpo, sangue, alma e divindade de Jesus Cristo, tão perfeito como está no Céu”, isto é: Homem e Deus verdadeiro.
    Assim, quando O recebo na comunhão, recebo a pessoa de Jesus Cristo, Deus e Homem, o Filho de Deus que é Deus com o Pai e o Espírito Santo, e, se O recebo nas devidas condições, Ele faz-me identificar com Ele e… “já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim.” (Gl2,20)

quinta-feira, 25 de maio de 2017




Evangelização/catequese

 

Num mundo marcado pelo progresso tecnológico e portanto voltado para a técnica, os mass média, o mundo virtual, a informática, a internet, o facebook, o twitter, a imagem, temos a tentação de dar demasiada importância a tudo o que é espetáculo, muita palavra, muita imagem, esquecendo que, na evangelização, se não dermos lugar à ação do Espírito Santo, ação tanto no evangelizador como naquele que evangeliza, toda a técnica, ciência, arte, imagem, palavra não faz, ou faz surtir pouco fruto, pouco ou nenhum efeito.

 

Na exortação apostólica “Evangelii Nuntiandi” o Papa Paulo VI exortava “a todos aqueles que, graças aos carismas do Espírito Santo e ao mandato da Igreja, são verdadeiros evangelizadores, a demonstrarem-se dignos da própria vocação”.

 

O Espírito Santo age em cada um dos evangelizadores que se deixa possuir e conduzir por ele.

 

Dizia ainda o Papa na referida exortação que “as técnicas da evangelização são boas, obviamente; mas ainda as mais aperfeiçoadas não poderiam substituir a ação direta do Espírito Santo. A preparação mais apurada do evangelizador, nada faz sem ele. De igual modo a dialética mais convincente, sem ele, permanece impotente em relação ao espírito dos homens. E ainda os mais elaborados esquemas com base sociológica e psicológica, sem ele, em breve se demonstram desprovidos de valor.”

 

Assim, as técnicas da evangelização não podem substituir a ação do Espírito Santo.

 

O Papa exortava ainda “os evangelizadores, sejam eles quem forem, a pedir sem cessar ao Espírito Santo fé e fervor, bem como a deixarem-se prudentemente guiar por ele”.

 

Falava ainda da importância do testemunho de vida do evangelizador. Aqueles a quem evangelizamos olharão para a nossa vida e farão certamente estas perguntas:

“Acreditais verdadeiramente quilo que anunciais? Viveis aquilo em que acreditais? Pregais vós verdadeiramente quilo que viveis?”

 

Padres, Religiosos, leigos (catequistas, pais e mães de família, filhos ativos da Igreja) devíamos deixar-nos interpelar por estas perguntas, e refletir.

 

Não vale a pena muita pregação pela palavra, se a nossa vida não fala do evangelho do Reino.

 

Lúcia Ferreira

Somos chamados à responsabilidade de uns pelos outros. Chamados à comunhão.

 

 

 

O SENHOR disse a Abrão:
1*«Deixa a tua terra, a tua família e a casa do teu pai, e vai para a terra que Eu te indicar.
2*Farei de ti um grande povo, abençoar-te-ei, engrandecerei o teu nome e serás uma fonte de bênçãos.
3Abençoarei aqueles que te abençoarem, e amaldiçoarei aqueles que te amaldiçoarem. E todas as famílias da Terra serão em ti abençoadas.»
4*Abrão partiu, como o SENHOR lhe dissera, levando consigo Lot.


6*Abrão percorreu-a até ao lugar de Siquém, até aos carvalhos de Moré. Os cananeus viviam, então, naquela terra. 7*O SENHOR apareceu a Abrão e disse-lhe: «Darei esta terra à tua descendência.»

 

Só precisamos de nos dispor, de escutar a voz de Deus que chama e confiar; confiando pôr-se a caminho porque Deus está connosco e nos abençoa.

Quando Deus chama dá uma missão. Deus dá a Abrão a missão de construir, de ser pai de um grande povo; nele, Deus abençoará todas as famílias. 

Quando Deus chama, chama para a comunhão, para o serviço, para a responsabilidade, para o compromisso, para a fidelidade, para o amor e cuidado de uns pelos outros. Deus chama e acompanha o chamado, abençoando-o e fazendo dele dom para os outros.

Quem alguma vez se encontrou de verdade, com o amor misericordioso de Deus, só se pode sentir abençoado, e chamado, a levar outros a encontrar-se também, com esse mesmo amor.

Quem alguma vez se encontrou de verdade, com o amor misericordioso de Deus, é chamado a ser testemunha de VIDA, a dar a vida, a ser fecundo.

Lúcia Ferreira

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Tenho muita pena de vos ter ofendido


O pecado é negação do amor, é afastar-se do amor de Deus e dos irmãos. Sempre que nos afastamos do amor de Deus afastamo-nos também do amor aos irmãos.
E é quando nos encontramos com o amor de Deus, quando descobrimos o Seu olhar amoroso, (e como é grande o seu amor!) que nos damos conta de quão grande é a nossa falta de amor, quão grande é o nosso pecado.
Foi assim com Zaqueu, com Pedro e com aquele filho (pródigo) que recebe o abraço do pai.
Deus ama-nos, acolhe-nos e dá-nos o Seu perdão.
Dá-nos o sacramento do perdão, penitência, confissão, reconciliação, para nos encher de Graça, Amor e força para voltarmos à casa do Pai e vivermos cristãmente.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

O Dia do Senhor



Leitura dos Atos dos Apóstolos:

Os irmãos eram assíduos
ao ensino dos Apóstolos,
à comunhão fraterna,
à fração do pão e às orações.

Palavra do Senhor.
  


Os primeiros cristãos eram assíduos ao “Ensino dos Apóstolos”.

Hoje os cristãos continuam a ser assíduos ao ensino dos Apóstolos. Ao Domingo, o 1º da semana, reunimo-nos na Missa e escutamos a Palavra de Deus escrita na Bíblia. E é da Bíblia que os apóstolos nos ensinam. Há Também muitos cristãos que aproveitam o Domingo para ler a Bíblia ou outros livros que falam de Deus.       

Os primeiros cristãos eram também assíduos à “Comunhão fraterna”.

Comunhão fraterna quer dizer que se amavam e viviam unidos, como bons irmãos.

Hoje, na Missa, também nós nos juntamos como irmãos, saudamo-nos e até pedimos perdão uns aos outros pelo mal que fazemos.

Fora da Missa há muitos cristãos que vão visitar doentes, idosos, temos mais tempo para estar com a família, com os amigos, de conversarmos mais e de passearmos juntos.

Os cristãos são convidados a viver em comunhão, unidos como irmãos, partilhando tudo: as alegrias e as dificuldades, o pão, o amor, a amizade, o cuidado de uns pelos outros.

E os primeiros cristãos eram ainda, assíduos à “Fração do Pão e orações”. Era o nome que se dava à Eucaristia. A Eucaristia ou a Missa é também a Fração do Pão; partimos o Pão que é o Corpo de Jesus entregue por nós e rezamos juntos e unidos. Comungamos Jesus.

É o mais importante que fazemos ao Domingo. Se não formos à Eucaristia para receber Jesus e lhe rezarmos e com Ele louvarmos o Pai, falta-nos o amor de Deus que nos dá coragem para sermos mais amigos uns dos outros, dos pobres, dos doentes, sermos capazes de partilhar com aqueles que têm falta de carinho ou de amor; e deixamos de escutar e aprender o que devemos saber – o ensino dos apóstolos.

No primeiro dia da semana, o Dia do Senhor, porque foi neste dia que Cristo ressuscitou, reunimo-nos em Eucaristia, Ação de graças, memorial da Paixão, Morte e Ressurreição, Ceia do Senhor, Fração do Pão, celebrando o Mistério central da nossa Fé.

O Domingo é realmente o dia da maior festa, a festa de Jesus, a Eucaristia, em que Jesus se nos dá no Pão e na Palavra e nos ensina a viver unidos procurando ser irmãos que se querem bem.